quarta-feira, 9 de junho de 2010

Das pequenas coisas que ensinam grandes coisas

Eu tenho atualmente quatro sobrinhos (digo atualmente porque meus irmãos estão na ativa né? sempre aumentando a família, rs) e um deles, o Richard de 8 anos, por motivos de força maior, mora com a minha mãe. Na terça-feira eu fui buscá-lo na escola, e resolvi fazer com ele a lição de casa. Era matemática. Beleza, coisa fácil pra mim. Ele já passou da fase de somar e agora está aprendendo a diminuir. Essa era a tarefa. Tinham lá algumas contas e eu fui explicando.
-Rick, temos que tirar 5 de 8.
Daí ele estende a mão, conta os oito dedos, depois conta os cinco que temos que tirar, e por fim conta os três que restaram (e tudo isso ele faz encostando o dedinho na ponta do nariz, pra auxiliar a contagem). Tá um processo demorado e trabalhoso, mas que pra mim, era a forma mais fácil de explicar.
-Ok. Agora você vai fazendo as outras contas sozinho, que a tia tá vendo se está certo.
Porém no meio da coisa toda tinha lá um tal de tirar 5 de 1. Ia ter que ensinar pra ele a história de emprestar um número, mas eu vi pelo caderno dele que ele mal havia chegado na fase das contas, essa história de emprestar ia ser no futuro. Mesmo assim começei a explicar, ele parecia entender.
-Bom, agora que você já viu como a tia fez, tenta sozinho.
E foi aí que o "caldo entornou". Ele olhava pro caderno, e respondia que não sabia. Eu tentava lembrá-lo de cada passo que eu tinha feito e explicado pra ele, e mais uma vez a resposta que eu ouvia era:
-Não seiiiiii (coloca aí um som bem grande de manha)
Até que ele foi se encolhendo, franzido a testa e formando um bico. Olhava pra baixo e já não me respondia mais nada. Nessa hora eu pensei "mas porque eu fui inventar de fazer essa lição com ele?". Comecei a ficar nervosa porque ele não me respondia mais nada (a essa altura eu não falava mais da conta, tentava explicar pra ele que eu podia ensiná-lo se ele quisesse aprender, enfim, todo um sermão). E também foi nessa hora que eu pensei, "xii esse negócio de ser mãe não vai ser pra mim não".
Depois de um tempão tentando fazê-lo voltar a interagir comigo, conseguimos terminar o exercício. Ufa, deu muito mais trabalho do que eu imaginei. Depois fomos pra minha casa, e eu decidi passar um exercício extra pra ele.
-Rick, a tia vai colocar mais umas continhas no caderno pra você fazer, e enquanto eu tomo banho você faz. Depois eu vejo se está certo.
-Tá bom tia, mas coloca só 5 heim...
Fiz lá uma lista com 7, ele pegou o caderno, olhou pras contas, depois olhou pra mim:
-Tia, eu falei 5 e você colocou 7!?
Pensei comigo, "é, esse negócio de contar ele aprendeu rapidinho...."
Respondi pra ele não reclamar que eu ainda tinha que estudar, daí ele me perguntou se eu estava no colegial. Expliquei que eu estava fazendo faculdade, pra ter uma profissão.
- Tia, o que você vai ser então?
- Uma jornalista - eu respondi
- Ah tá.... então você vai aparecer na televisão..... entendi - ele respondeu, risonho, como quem sabia exatamente o que eu ia ser.

E nessa hora, eu voltei atrás. Acho que ser mãe vai ser bom .
Vou treinar a paciência com os sobrinhos mais um pouco....

Bjokas

4 comentários:

  1. Relaxa Gi tenho certeza que você vai darcerto como mamãe, ainda mais tendo 4 sobrinhos dá pra treinar todas as fases de uma criança!! rss
    Bjoooooos
    Priscilla Cardoso

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  2. wow..girl it seem that you doing great here..like it and great blog btw

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  3. though i cant understand your native lang. but please lemme post some compliment about you..just like your photo..you look cute

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Obrigada e volte sempre